Sexy demais?
Uma nova polêmica surgiu em torno de Miley Cyrus, de 17 anos. Pais dos fãs da cantora juvenil ficaram estarrecidos com o último videclipe da moça, “Who owns my heart”, que além de exibir alta sensualidade, está repleto de insinuações lésbicas. Grupos conservadores pedem para que os canais não exibam o vídeo e ainda por cima exigem um pedido de desculpas da cantora, que recentemente declarou que não aguenta mais a imagem de menina bonzinha.
Acontece que, apesar de estarmos próximos do fim da primeira década do século XXI, a indústria cultural ainda impõe certos valores aos seus artistas que nos remetem para as épocas mais sombrias do século passado. No entanto, o que se pode observar é que nomes recentes da música têm rompido com tal opressão de grupos predominantemente masculinos.
Por mais que pais e setores da mídia estejam fazendo uma campanha contra as atitudes da Miley Cyrus, esta já disse que não vai voltar atrás e que as mudanças em torno do seu trabalho estão apenas no começo. Para se ter uma ideia do absurdo, na semana passada, quando seu clipe estreou na MTV Brasil, duas apresentadoras deram concordância aos apelos dos pais. Alegaram que a moça deveria esperar completar 18 anos para ficar “mais saidinha”.
(…)
As três jovens (Miley Cyrus, Lindsay Lohan e Christina Aguilera) são vítimas da mesma indústria cultural: de um lado acham ótimo que elas se divulguem dessa maneira, pois aumenta a venda dos produtos relacionados aos seus respectivos nomes. Porém, na outra ponta, a mesma indústria cultural faz uma campanha moralista para que estas meninas fiquem quietas e de preferência dentro do armário.
(…)
Aguilera, Lindsay e Cyrus desde a pré-adolescência estiveram sob o clique das câmeras. Foram eternizadas como garotas da família, autênticas representantes da TFP (Tradição, Família e Propriedade). Porém, cresceram e adquiriram consciência e crítica. Os desejos já não são mais aqueles da adolescência. Porém, aos olhos da sociedade norte americana e de seus empresários, devem permanecer “boazinhas” e heterossexuais.
0 comentários:
Postar um comentário